Piedosa
tradição narra que, estando Santa Mônica muito desolada com a morte de seu
marido e com os descaminhos de seu filho Agostinho, eis que lhe aparece a
Virgem Maria, vestida de negro e trazendo uma correia. Mandou-lhe que se
vestisse desta maneira e entregou-lhe a correia, garantindo-lhe a conversão de
seu filho.
Agostinho
e seus companheiros deveriam vestir-se assim em memória da paixão de Jesus e
usar a correia em homenagem a ela. Bem mais tarde, surgiram na Ordem
Agostiniana as Confrarias de Nossa Senhora da Consolação e Correia e de Santa
Mônica e Santo Agostinho, unidas em 1575 numa grande Arquiconfraria. No Brasil,
a devoção começou a ser divulgada com a chegada dos Agostinianos em 1899.
O
título de Maria como Nossa Senhora da Consolação e Correia lembra ao católico a
presença da Mãe de Jesus na vida da Igreja, trazendo alegria, paz e esperança a
todos os que necessitam de consolo, com carinho especial aos pobres, aflitos,
doentes e marginalizados. Ela recorda a missão de seu Filho, que foi sensível à
dor e ao sofrimento, e que veio ao mundo para libertar o ser humano de toda
espécie de mal, do pecado. Ao trazer nos braços o Menino Jesus, Maria apresenta
a única consolação que salva realmente o mundo: O Príncipe da Paz, o Cristo,
Filho de Deus e Libertador, a Luz do alto que vem iluminar a humanidade,
oferecendo um novo caminho de solidariedade e de fraternidade.